Cravo
(Harpsichord)
O cravo é a versão barroca do piano. Ele soa mais
percutido e metálico, tem uma tessitura menor e não é capaz de grandes mudanças
de dinâmica como o piano que conhecemos. Nenhuma orquestra moderna apresenta um
cravo, mas todo conjunto de música antiga que preze tem o seu. Ele é a base de
qualquer partitura orquestral pré-clássica, geralmente no papel de baixo
contínuo, algo essencial na música barroca.
Os ancestrais do cravo foram a espineta e o clavicórdio. O descendente do cravo
foi o pianoforte, que por sua vez foi o pai do piano. O pianoforte soa como um
cravo mais "redondo", menos metálico, e vem ganhando destaque nas orquestras de
instrumentos de época, substituindo o piano em obras do século XVIII.
É importante frisar que tais linhas de parentesco só se referem à utilização dos
instrumentos. Em termos técnicos, o cravo é o final de uma linha de sucessão que
vem desde o saltério antigo até a espineta, a de teclados de cordas beliscadas.
Já o piano é o resultado de uma sucessão que começa com o cimbalão, passa pelo
clavicórdio e chega ao pianoforte, a de teclados de cordas percutidas.
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Som do Instrumento
JSBach, Invenção n.1, BWV 772, Coleção Bach-2000, TELDEC GMBH, 1999.