GUERRA DE PREÇOS: confronto
direto entre duas ou mais empresas concorrentes, que procuram abaixar o preço para
aumentar as vendas. Caso famoso ocorreu em 1951, entre as lojas de departamentos
americanas Gimbels, Macy's e A&S, quando os preços de alguns produtos chegaram a ter
30% de desconto sobre o preço mínimo estabelecido entre elas ("Fair
Trade"). Essa prática, entretanto, está praticamente fora de uso, substituída por
acordos, mais lucrativos. Segundo Hovard (196, p.185), existem cinco tipos de
competição:
- Conluio perfeito, onde
há pleno acordo sobre preços, mercados etc. entre as empresas do cartel;
- Conluio efetivo, onde
apenas os preços mínimos e a divisão dos mercados são definidos, havendo competição
no desenho da embalagem, na propaganda, na garantia etc.;
- Conluio limitado, um
tipo de "conluio efetivo intermitente", onde os acordos ora são cumpridos, ora
não, devido à falta de entendimento entre os membros;
- Liderança de preço,
quando uma firma líder comanda os aumentos, sempre seguidos pelas demais. Esta forma
de associação é muito comum, citando-se como exemplo a liderança da R. J. Reynolds
até a Segunda guerra, depois substituída pela American Tobacco Co. (Souza Cruz, no
Brasil), no setor de cigarros;
- Concorrência caótica,
também conhecida como "livre concorrência". A "guerra de
preços" se insere neste caso. Tal livre competição, hoje em dia, se restringe a
setores da economia onde predominam as micro-empresas, tais como sapateiros, bares,
feiras-livres, autônomos etc. Nos demais casos, sempre há algum tipo de acordo entre os
concorrentes.