INÉRCIA INFLACIONÁRIA: repasse automático dos custos para os preços, através da "Regra do Mark-Up", comum nas empresas: Multiplicar o preço de custo por um fator fixo (1,5 a 3,0), obtendo o preço final de venda (esse fator corresponde a uma margem bruta de 33% a 67% sobre o preço de venda). Assim, qualquer aumento de custo é inercialmente repassado para a frente, sem que se procure contê-lo ou atenuá-lo, indo fatalmente desagüar no desarticulado consumidor final, que acaba arcando com todos os aumentos intermediários (188, p. 29). Notemos, de passagem, que esta regra comum invalida as bases da Teoria Microeconômica ensinada nas escolas. Quando esse hábito (ou comodismo), reforçado pela indexação da economia, vira rotina geral, a inflação de ontem passa a determinar a de hoje, e esta a de amanhã, e o processo fica fora de controle, terminando fatalmente numa hiperinflação, se nada for feito antes (243).