Estratégias de Manipulação para a Televisão

Fonte: http://perso.wanadoo.fr/metasystems/ES/Manipulations.html
Distribuição: http://www.desligueatv.org.br/index1.html

NOTA: este texto é atribuido ao famoso Noam Chomky, do MIT. Mas não foi possivel (ainda) verificar sua autenticidade. No entanto, como as estratégias fazem sentido, estão aqui divulgadas.

 

1. A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.

A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.

"Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, atraida por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto "Armas silenciosas para guerras tranqüilas”.)

 

2. CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES

Este método também é chamado "problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma "situação” prevista para causar uma certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

 

3. A ESTRATÉGIA DA DEGRADAÇÃO

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, aos poucos, com uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socio-econômicas radicalmente novas têm sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, reassentamentos, salários que já não asseguram uma vida decente, são mudanças que provocariam uma revolução se fossem aplicadas bruscamente.

 

4. A ESTRATÉGIA DO ADIAMENTO

Uma outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido ainda poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

Um exemplo recente: a passagem para o Euro, com a perda da soberania monetária e econômica, tem sido aceitos pelos países europeus em 1994 e 1995, para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais da ALCA (o FTAA) que os Estados Unidos têm imposto desde 2001 aos países de todo o continente americano (Central e Sul da América) apesar de suas reticências, concedendo uma aplicação e vigência diferida para 2005.

 

5. DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE POUCA IDADE

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza um discurso, argumentos, personagens e uma entonação particularmente infantil, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar o espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante.

Por que?

"Se se dirige a uma pessoa como se tivesse a idade de 12 anos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido critico, como a de uma pessoa de 12 anos de idade”. (ver "Armas Silenciosas para Guerras Tranqüilas”)

 

6. UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e colocar um fim ao senso critico do indivíduo. Além do mais, a utilização da emoção permite abrir a porta de acesso ao inconsciente, para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos.

 

7. MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.

"A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre o possível, de modo a manter uma grande distância entre o conhecimento destas e o das classes superiores.” (ver "Armas Silenciosas para Guerras Tranqüilas”)

 

8. LEVAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE COM A MEDIOCRIDADE

Levar o público a achar "legal” o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.

 

9. REFORÇAR A REVOLTA PELA CULPABILIDADE

Fazer o individuo acreditar que somente ele é o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-incrimina e se culpa, gerando um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução !

 

10. CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e as possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema” tem desfrutado de um avançado conhecimento do ser humano, tanto de sua forma física como de sua psicologia. O sistema tem conseguido conhecer melhor o individuo comum do que ele mesmo se conhece. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.